quinta-feira, 24 de setembro de 2009

VISÃO LIMITADA, VIDA LIMITADA


Aproveitar a vida levando em consideração como fonte apenas o aspecto visual, pode tornar-se uma ilusão. A beleza das coisas não está apenas incutida expressamente em seu caráter visual, e sim em sua amplitude, para que assim, todas as suas dimensões sejam exploradas, pois a vida é composta de diversidade, ela não se limita, e através dos nossos cinco sentidos podemos perceber essas características.
Com o ditado popular ‘Em terra de cego quem tem um olho é rei’, pode-se pensar que enxergar é fundamental para ver a vida, porém essa ideia não deve ser adotada como fonte absoluta. A vida é feita não é feita apenas de beleza, e o fato de uma pessoa não enxergar não significa que ela realmente não possa ver a vida, pois nesse caso, a visão torna-se apenas um mero detalhe, dando cor ao que se sucede, e formato, ao que se pede.
No conto de H. G. Wells, ‘A terra dos Cegos’, as pessoas cegas puderam mostrar que a visão de mundo que as pessoas que enxergam têm, pode estar limitada e de certa forma, até errada, como uma ilusão de mundo, porque a vida não se define nem se limita, a vida é ampla, e a visão apenas nos condiciona a ver o mundo e as coisas de uma forma mecânica, sem desfrutar de seus pequenos detalhes.
Pessoas cegas enxergam o mundo de outra forma, elas buscam a vida em amplos sentidos, pois sua deficiência visual não as impede de apreciar a vida.
A visão nos permite conhecer a beleza que a vida oferece, porém sua ausência não nos torna menos conhecedores da beleza, pois a beleza está nos pequenos fragmentos de vida e, uma pessoa cega não está condicionada a viver limitada em pequenos aspectos da realidade.

Autora: Juliane Lima, 3o colegial, 2009.

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